Se existem inúmeras teorias sobre o surgimento do universo, somos capazes, ao menos, de encontrar um consenso quanto a um dos momentos mais importantes de sua história: a internet. Desde a primeira conexão feita, passando pela criação da web, culminando no presente inundado por redes sociais, cliques e comentários e por uma produção de informação que, diariamente, ultrapassa tudo que foi criado em todo o século XX, podemos ter certeza de que a mudança é nossa única constante.
Mas, se mudar é inevitável, transformar-se é opcional. No mundo corporativo, a lógica dos negócios nunca passou por tantas viradas de chave em períodos tão curtos. As velhas estratégias empresariais criadas com horizontes de três anos caem por terra, dando lugar a uma cultura muito mais fluida, adaptável e camaleônica.
Claro que o fluxo de novidades e inovações que acompanhamos – ou ao menos tentamos – é decisivo para esse novo contexto exponencial. Se você ainda não teve a chance de embarcar para Marte em algum dos testes de Elon Musk, deve ter ouvido falar do boom do metaverso, protagonizado pelos criadores do Facebook, ou talvez dos milhões gastos em NFTs?
Ao encarar o frenesi tecnológico, entretanto, o mais importante é não esquecer dos dedos e mentes por trás dos cliques. Sim, somos ainda humanos – por ora – e ainda somos pessoas com emoções e personalidades, lidando com um mundo em disrupção constante. Por isso, quando falamos em transformação digital, não podemos correr o risco de fixar nossa atenção apenas na tecnologia per se, mas levar em conta de que as empresas ainda são organismos criados por pessoas e para pessoas.
Com isso em mente, a primeira ideia por trás da transformação digital é: foque em entender o terreno em que ela acontece. Sim, todas as empresas querem abraçar a oportunidade trazida pelas tecnologias para ganhar em inovação, agilidade de processos, ideias e fluxos, mas tudo precisa ser entendido a partir de uma perspectiva de jornada do colaborador.
Será que eu preciso trabalhar em squads? Será que eu preciso ter dezenas de ferramentas de gestão ágil em minha empresa? Será que eu preciso ser como toda startup ou posso reinventar minha cultura com um olhar inteligente, que valorize o melhor que tenho internamente?
Transformação digital é sobre o uso criativo de recursos tecnológicos para melhorar negócios, e as pessoas que os fazem. Adotar uma tecnologia apenas pelo hype é um erro recorrente e que tende a gerar mais ruídos que resultados.
É como mostra uma história muito difundida no mundo corporativo: