Antes de começar a ler este texto, quero propor que você dê um sorriso. Mas ao fazer isso, sinta todos os músculos do seu rosto. Analise tudo o que acontece em seu semblante. Bochechas rosadas, olhos cerrados, lábios e nariz levemente mais abertos. Tudo em nosso rosto sorri junto com a gente. Mas isso é só o exterior, e por dentro? O que acontece em nossa mente quando sorrimos? Fomos atrás e descobrimos que os benefícios do riso vão muito além do estético e estão ligados à saúde mental e, por meio da comunicação, podem ter papel fundamental no nosso dia a dia e de com quem compartilhamos a jornada.
Saúde (sobretudo a mental)
Em artigo especial do HCor sobre o Dia do Riso, celebrado em 18 de janeiro, a Dra. Silvia Cury Ismael, gerente do Serviço de Psicologia da instituição, diz que “rir é importante para a saúde mental, pois libera serotonina e endorfina, substâncias que trazem a sensação de bem-estar, prazer e alegria, diminuindo o risco de doenças psicossomáticas, como a depressão, ansiedade e até o estresse, e ainda mantém os músculos relaxados por até 45 minutos”.
Além de fazer bem à mente, o riso promove queima de calorias, melhora a qualidade do sono e a circulação sanguínea, a respiração e a digestão, fortalece os músculos abdominais e o sistema imunológico, estimula a criatividade e cria laços com as pessoas à sua volta.
Há espaço para o humor na comunicação
Usar o humor na comunicação, independentemente de plataforma ou formato, tem capacidade de transformar não apenas a maneira como a empresa é vista, mas a maneira como ela é consumida. Como o humor impacta o dia a dia de uma empresa:
Criação e engajamento de persona: ao utilizar uma linguagem mais humorada e criar os próprios bordões, a marca abre caminhos para que seus consumidores e/ou telespectadores (no caso das TVs Corporativas) criem identificação e se apoiem neste canal para criar ramificações de conteúdos em outros canais e frentes
Conteúdo viralizado: nada mais legal que ver as pessoas, pelos corredores e redes sociais, usando conteúdos e frases que só quem faz parte da empresa conhece. Um conteúdo viralizado internamente é tão importante quanto os que viralizam externamente, pois são eles que criam e até reforçam a cultura da empresa
Expectativa x Realidade: ninguém gosta de “mais do mesmo”. Pegar o telespectador/consumidor de surpresa faz todo o sentido na comunicação (já já, veremos um exemplo disso). Não ser comum e não repetir padrões demanda tempo, ousadia e estratégia, mas vale a pena
Descompressão e alívio: dentro do ambiente corporativo, as tensões e preocupações são normais, por quê, então, não utilizar seus canais internos para promover leveza, humor e bem-estar? Gifs de animais, piadas, bordões ou músicas. Pessoas felizes e realizadas formam equipes mais alinhadas, e equipes mais alinhadas são capazes de levar as empresas muito mais longe
E como produzir conteúdos bem humorados?
- Com bom senso: saiba quais textos, vocabulários e frases são ofensivos para determinados grupos. O bom humor jamais deve sobrepor o respeito à diversidade e às pessoas
- Com respeito à história da companhia e à cultura: se os colaboradores não estão acostumados a consumir conteúdos mais disruptivos, não force a barra. Vá aos poucos. Insira memes e gifs com parcimônia e em determinados momentos
- Não tenha medo, ouse: você, mais do que ninguém, sabe a estrutura e o dia a dia da empresa em que trabalha, então, não tenha medo de ousar, de mudar. Coloque tudo na balança, mas pergunte “por quê não?”. Se não é crime e não ofende as pessoas, vá em frente
- Converse com as pessoas: os colaboradores da empresa são a força motriz de tudo o que acontece, portanto, ouça-os. Faça pesquisas, vá de mesa em mesa (ou de e-mail em e-mail, em tempos de trabalho remoto), e descubra o que as pessoas têm pra falar.
Um case pra se inspirar
Lembra que falamos sobre criação e engajamento de persona, conteúdo viralizado, expectativa x realidade, e descompressão e alívio? Neste mês de agosto, para celebrar o Dia dos Pais, a Vivo, cliente da Wide Digital, colocou tudo isso em prática. Para criar laços e celebrar o amor em forma de curvas no rosto, o clima tenso e de preocupação do início do filme dá lugar à leveza, emoção e simplicidade com apenas uma ligação de filha para pai. O pai, que chega de jaleco ao hospital, dá a entender que ele, assim como a filha, também é médico, mas basta a câmera mudar o foco que a diferença aparece: em vez de tratar o corpo, ele trata a alma. Com sapatos coloridos e cintilantes, o pai entra no quarto e começa sua terapia intensiva do riso. Assista:
Por: Rebeca Serpa
Redação